Hoje sentei no sofá e decidi escrever uma carta para o meu primeiro amor, não porque eu quis relembrar, mas porque eu queria esquecer algo que parecia um disco encravado na minha memoria.
Quanto mais eu escrevia mais eu questionava o significado dos meus sentimentos, o significado do amor e o porquê desse sentimento moldar as nossas personalidades e experiências de vida.
Nós fomos feitos para amar o que acharmos que temos de amar (Deus, arte, pessoa, objetos, a vida…) pois no final do dia é o amor que nos define, mesmo quando não vale a pena ou quando sentimos que é a pior coisa do mundo, a sua falta ou excesso nos define ao longo do tempo.
No ultimo excerto da minha carta eu escrevi que “eu desejava que amar e esquecer fosse tão fácil, tal como as folhas que caem e se afastam das arvores devido ao vento”. De facto nem todas as experiências são as melhores mas é nosso dever seguir em frente e viver com os as consequências, amar o próximo, confiar menos, demonstrar mais, falar mais, palavras, afirmações, fugir de tudo semelhante a esse sentimento consumidor e marcante. Isso tudo é uma consequência de algo maior do que aquilo que nós podemos controlar.
Ao terminar de escrever a carta, eu me apercebi que a minha perceção de amar foi , marcada por uma situação que aconteceu a 5 anos atrás mas que foi o suficiente para mudar a minha perceção e escolhas futuras. Mesmo quando ausente, o seu ensinamento é continuo, seja pela dor, saudade ou lembranças que voltam como forma de assombração, ele é o caminho para grandes recomeços ou destruições.
Eu aprendi que o amor entrega todos os tipos de experiencias, que apesar de não poderem ser apagadas para sempre da nossa memoria, o facto d’ela ir e voltar significa que a causa permanece viva dentro de nós.
OBS: sintam-se a vontade para dar um feedback (eu quero melhorar a minha escrita).
Simplesmente incrível as conexões, as lições, as dores e os recomeços.